É extremamente móvel com uma amplitude de movimentos em todas as espécies, porém em herbívoros essa mobilidade reduz, mas mesmo assim é muito móvel. Suporta o peso estabiliza o corpo e produz a movimentação, e pode ser usado como defesa em determinados animais.
Em termos regionais podem ser dividido em diferentes áreas que equivalem às divisões anatômicas, superficialmente o membro é dividido em varias áreas tanto pela vista anterior cranial quanto pela vista lateral, que ajuda basicamente a fazer a regionalização das dissecções.
Em termos gerais diz-se que o membro anterior é dividido em região escapular, braquial,cubital, axilar, antebraquial, carpal, metacarpal e falangeada. As divisões transversais regionalizam essas estruturas superficialmente.
A região escapular, anteriormente ou cranialmente, não possui grandes divisões e vai estar delimitada externamente pela protuberância acromial, que determina externamente a escápula, podemos dizer que ela cobre completamente as vértebras torácicas inclusive os processos espinhosos das vértebras. Em termos de estrutura óssea a escápula é a porção mais externa, os músculos supraespinhosos e serráteis, terão inserção nos processos espinhosos das vértebras torácicas.
A vista lateral da escápula vai ser dividida em duas áreas que possui como marco externo a espinha da escápula, pois é externamente palpável em todas as espécies, essa visão é marcada na área mediana da escápula uma vez que na área da espinha escapular vamos ter a fáscia cutânea que vai se inserir na região mediana da escápula, bastante visível. Essa divisão vai marcar uma divisão conhecida como área supraespinhosa e infraespinhosa.
O limite dorsal externamente é correspondente à região das cruzes ou cernelha e o limite inferior o processo acromial da escápula. Delimita-se a área da escápula da seguinte forma:
Abaixo da área escapular observa-se a região braquial, na observação externa do esqueleto no limite lateral da escápula é acrômio e na mesma linha distal ao acrômio encontra-se a articulação escápulo umeral.
Nessa articulação, essas localizações tornam-se importantes para coleta de líquido sinovial, por ser a mais facilmente puncionável em virtude do limite lateral ser bastante superficial, que se estende da área braquial desde aborda da escápula até a borda cranial do olécrano.
Área cubital se apresenta desuniforme e mais curta pela face anterior e mais larga pela face posterior pela vista lateral, formando um triângulo na região dessa articulação, tem como ponto de referência para esta área a tuberosidade do olécrano.
Em sentido distal até a linha articular encontra-se área do antebraço ou borda da cabeça do rádio, se tem a área cubital, principal via de acesso venoso na região em pequenos animais, em grandes animais esse acesso por ser realizado através das veias jugulares.
Onde se tem a articulação intercarpiana e carpofalangeana em sentido distal temos a região de mão, e não é incorreto mesmo em quadrúpedes chamar essa estrutura de mão caracteriza a extremidade distal do membro anterior e não o fato de apresentar polegar opositor.
A região da mão começa próxima a articulação carpiana e termina na ultima falange. Quando se está na região falangeana é possível observar principalmente na espécie bovina que a estrutura dos dedos as porções livres dos dedos estão relacionadas principalmente pela falange distal e falange média, pois a falange proximal está firmemente aderida e fixada pelo ligamento suspensório, no caso do equino não vale por ele apresentar um dígito apenas.
Músculos que recobre o membro torácico são representados pelo cinturão escapular formado pelos ossos que do membro anterior até a região do braço, o músculo braquial, mais os músculos que mantém unido ao tronco.
Os músculos superficiais são representados pelo trapézio porções cervicais e torácicas o mais importante músculo do cinturão escapular, pois mantém a fixação do membro ao tórax e sua estabilização, faz o trabalho de elevação, não é uma fixação definitiva em virtude de essa musculatura fazer o trabalho de elevação e tração cranial dos membros que inicia o passo.
As bases ósseas que formam o membro torácico vão ser formadas pela cintura escapular, quando se fala em ossos se restringe até a escápula, úmero, radio e ulna, carpo metacarpo e dedo.
Presença de ventres motores das articulações escápulo-umeral e úmero radio ulnar, a inserção do bíceps braquial (origem no tubérculo supraglenóide e inserção no curto tendão da tuberosidade do rádio) assim como o tríceps braquial (A cabeça longa é a mais volumosa, tem origem na borda caudal da escápula e se insere no olécrano e na fáscia do antebraço. A cabeça lateral está parcialmente coberta pelo músculo deltoide e se insere na face lateral do olécrano. A cabeça medial juntamente com a acessória se origina no tubérculo menor do úmero e se insere na face medial do olécrano. Sua função é flexionar a articulação do ombro e estender a do cotovelo) acontecem nas cintas motrizes do braço, são os movimentos que desobrigam, por exemplo, a movimentação das musculaturas que formam o cinturão escapular, se contrair bíceps e tríceps ocorre a movimentação do braço praticamente em todas as direções sem a necessidade de contrair o músculo trapézio.
Em termos ósseos a cavidade glenóidea da escápula é menor que a cabeça do úmero e por isso há a necessidade da colocação da borda escapular, outro detalhe que chama atenção é o fato que aparentemente existe um afastamento bastante grande entre a superfície da escápula e a superfície da cabeça do úmero, numa radiografia esse espaço é evidenciado devido à cartilagem não ser um tecido mineralizado e também por conta do líquido sinovial que mantêm certo diâmetro entre essas duas bases ósseas e considera-se que o contato é virtual, o que não ocorre nas demais articulações que mantêm um contato íntimo entre si.
O processo acromial da escápula é o limite da articulação escápulo umeral e sua porção mais distal estão exatamente sobre articulação úmero-radio-ulnar, isso vale para todas as espécies.
Não encontram na região de superfície todas as estruturas musculares, a não ser na região axilar, os músculos do membro torácico vão ser divididos em musculatura extrínseca e intrínseca.
O músculo extrínseco (movimenta o corpo) vai ligar o membro torácico ao esqueleto axial são responsáveis por fornecer a movimentação cinética desse membro, esses músculos vão dar movimento ao membro no sentido de promover o deslocamento, ao se contrair obrigatoriamente ela vai lançar o animal para frente promovendo sua movimentação. Exemplos, músculo trapézio, músculos peitorais, braquicefálico, serrátil, músculo infraescapular e grande dorsal.
Os músculos intrínsecos (movimenta o membro) são aqueles cujas inserções encontram-se unicamente nos ossos do membro torácico, promove a movimentação da articulação do membro torácico. Exemplos, supraespinhoso, infraespinhoso, bíceps braquial, tríceps braquial, extensores digitais, flexores digitais, superficiais e profundos são todos considerados músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos são visíveis geralmente pela porção mais externa.
Os músculos que se inserem na articulação escápulo-umeral em sentido ventral são basicamente musculatura extrínsecas. Em termos de avaliação clínica o interesse nessas estruturas, é observado a partir da necessidade de diagnosticar, por exemplo, locais de fraturas.
Parte do exame ortopédico que vai nos dar uma noção se o animal vai apresentar claudicação devido uma lesão na musculatura extrínseca, ocorre se a lesão tiver ocorrido no tronco ou na coluna. E no caso de musculatura intrínseca a lesão geralmente está relacionada com o membro.
A extensão do membro se faz apoiando o a mão sobre o cotovelo e sobre essa articulação empurrando um contra o outro, consegue através desta extensão testar o músculo grande dorsal e porção torácica do trapézio, ao passo que a tração caudal do membro vai testar a porção mais cranial desta musculatura. Se o animal manifestar dor nestas trações craniais e caudais provavelmente a lesão pode ter ocorrido na escápula ou mesmo lesões no sistema nervoso.
Os ossos do membro anterior são facilmente acessíveis pela face anterior, no caso da região mais cranial pela face craniomedial são mais superficiais, ou seja, todos os acessos feitos de forma cirúrgica, exceção feita à cavidade articular se faz pela face craniomedial do membro. Dificilmente um cirurgião fará intervenção cirúrgica num equino, por exemplo, pela face lateral do membro, pois é muito mais difícil acessar o osso por trás do que pela face medial cranial.
Em termos de irrigação irá ocorrer basicamente pela artéria subclávia direita e esquerda, elas emergem a partir do tronco braquiocefálico emitir as carótidas.
É possível sentir o pulso arterial na artéria localizada entre os ossos sesamóides, não é possível obter pulso arterial no membro anterior na sua porção mais proximal sem utilização de aparelhos específicos.
No caso de plexos venosos, destacam-se importantes vias de acessos venosos, quando se fala em veia axilar e veia braquialsão estruturas mais superficiais principalmente a veia cubital media e veia cefálica na sua porção cranial e porção ventral possui essa estrutura venosa pela região superficial pela face cranial do braço.
Em termos de estruturas adjacentes encontra-se uma estrutura importante na região da axila, o linfonodo axilar, ele é uma estrutura que se encontra numa região de transição de tórax e membro, é importante em cadelas e gatas, pois os vasos linfáticos das glândulas mamárias são drenados para este linfonodo, e caso ocorra alguma metástase nas mamas desses animais, os vasos linfáticos são os principais responsáveis pela disseminação do tumor no restante do organismo, sendo necessária sua retirada em intervenções cirúrgicas dessa natureza.
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