domingo, 4 de dezembro de 2011

MIOLOGIA: MÚSCULOS DA FACE


Miologia.
Músculos da cabeça e do pescoço.
Músculo cutâneo: A união de vários músculos cutâneos forma um Platisma esse músculo é responsável pela contração da pele e é mais desenvolvidos nos ruminantes e herbívoros. O músculo cutâneo é inserido na pele e não no esqueleto, suas fibras são em forma de leque ele é inserido no músculo orbicular do olho, músculo orbicular da boca, músculo bucinador, músculo zigomático e músculo lateral do nariz. Abaixo segue uma parte do músculo cutâneo


Fig. 01


Focinho
Músculos da face
Músculo lateral do nariz mais desenvolvidos nos eqüinos e ruminantes existe uma porção dorsal e uma porção ventral.  
Ver Fig. 02 número 12

Músculo canino
É um músculo triangular está na região nasal lateral sua origem se dá na maxila (face) e sua inserção acontece na região lateral da narina em eqüinos e ruminantes e em carnívoros nas proximidades do dente canino.

Nos eqüinos passa por entre os dois ramos do músculo elevador nasolabial e nas demais espécies abaixo do músculo nasolabial.
Ver Fig. 02 número 05.

Músculo dilatador apical da narina.
Relação com o septo nasal e músculo orbicular da boca, ele dilata as narinas, é mais desenvolvidos nos bovinos e eqüinos.
Ver Fig. 02 número 15.

Músculo elevador nasolabial.
Esse músculo é superficial e sua origem se da no osso frontal e nasal e sua inserção se dá na comissura labial é dividido em dois ramos o ramo dorsal e um ramo ventral. Nos eqüinos o músculo canino passa por entre esse dois ramos. Ele possui função de elevar o lábio superior e dilatar as narinas.
Ver Fig. 02 número 04.

Músculo elevador do lábio superior.
Função de elevar o lábio superior e sua origem se dá no osso lacrimal e osso zigomático sua inserção se dá por um tendão comum no lábio superior. Ele faz a eversão do lábio nos eqüinos e pequenos ruminantes e utilizam esse músculo pra realizar o fleme, que é uma forma de sentir os ferormônios da fêmea.
Ver Fig. 02 número 3.

Músculo depressor do lábio superior
Mais desenvolvidos em suínos e ruminantes
Fig. 02

Músculo depressor do lábio inferior
Está ausente nos carnívoros. Está localizado na superfície lateral da mandíbula e sua origem está na borda da mandíbula próximo ao processo coronóideo.
Ver Fig. 02 número 10 e 10’.
Músculo orbicular da boca.
Possui função de esfíncter e é dividido em duas porções;
uma labial entre a pele e a túnica mucosa da boca
e a marginal; não se fixam no esqueleto, e possui suas fibras paralelas, e serve para fechar os lábios e está inserido os pêlos tácteis.
Ver Fig. 02 número 02.
Músculo incisivo maxilar.
Está sob a túnica mucosa do lábio superior

Músculo incisivo mandibular
Está sob a túnica da mucosa do lábio inferior.
 Ver Fig. 02 número 01.

Músculo bucinador
Principal músculo da parede da bochecha surge do ângulo da boca até a tuberosidade da maxila possui uma porção superficial penada que vai do ângulo da boca até o masseter e a profunda com fibras longitudinais até o músculo orbicular do olho e processo coronóideo. Possui função de movimentação de respiração pela boca e ajuda na mastigação mantendo o alimento entre os dentes.
Ver Fig. 02 número 09.
Músculo zigomático.
É uma cinta muscular delgada sob a pele, sua origem se dá na fáscia do masseter debaixo da crista facial e sua inserção se dá na comissura labial, ele serve para dar a contração da comissura labial.
Ver Fig. 02 número 06.
Músculo mentoniano
Proeminência do queixo onde os pelos tácteis estão encaixado.
Músculo orbicular do olho
Esfíncter elíptico e plano porção palpebral e orbitária
Ver Fig. 02 número 17.

Músculo frontal
Delgado e extenso nos ruminantes na face dorsal do osso frontal têm origem no processo cornual e inserção no supercílio possui função de levantar a sobrancelha.
Músculo malar
Origem no osso zigomático e pálpebra inferior, sua inserção se dá na porção superficial do músculo bucinador.
Músculo elevador do ângulo medial do olho
Corrugador do supercílio
Ver Fig. 02 número 16.
Músculo retrator do ângulo lateral do olho.
Traciona a pálpebra caudalmente.

Músculo depressor da pálpebra inferior
Faz a depressão da pálpebra inferior
Ver Fig. 02 número 18.

Músculo elevador da pálpebra superior
É uma lamina muscular que da origem a expressão de piedade nos animais.




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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CICLO DE KREBS

O ciclo de Krebs tem como objetivo principal a produção de NADH2 e FADH2, e ATP.

Após ser formado os piruvatos, (ver Glicólise) este se une com a Coenzima A formando o Acetil-CoA, somente com a união desse piruvato com a Coenzima A (CoA) é possível essa molécula entrar na mitocôndria para ser  totalmente oxidada.

Esse ciclo é constituído de oito etapas que pode ser assim divididas:

Primeira etapa formação do Citrato

Com a saída do Acetil CoA do ciclo da glicólise, é possível essa molécula atravessar a membrana da mitocôndria e ao entrar na mitocôndria o Acetil-CoA se une ao Oxalacetato presente na mitocôndria, quando eles se unem formam o Citrato.

Segunda etapa é a formação do Isocitrato por uma Isomerização

Lembrando que a isomerização ocorre a troca de carbonos de lugara, de lugares e quem realiza essa isomerização é a enzima Aconitase e o citrato muda a organização química passando a se chamar de Isocitrato.

Terceira etapa

Primeira oxidação.

Nesta etapa uma enzima faz a retirada de um carbono do isocitrato esse carbono se adere por ligações iônicas a um O2 sendo liberado em forma de CO2. Os elétrons e hidrogênios resultantes dessa quebra são recolhidos pelo NAD, este por sua nvez fica reduzido em NADH2 e o isocitrato passa a se chamar então Alfa-cetoglutarato.

Quarta Etapa

Segunda oxidação

Ocorre nesta etapa a oxidação do Alfa-cetoglutarato onde uma enzima arranca novamente um carbono que sai em forma de CO2 e os hidrogênios e elétrons provenientes desses resíduos são recolhidos pelo NAD que fica reduzido, sendo então chamado de NADH2. A Coenzima A (CoA) ajuda nesta oxidação, onde se tem como produto final da oxidação do alfa-cetoglutarato o Succinil-CoA.

Quinta etapa formação do Succinato.

Nesta etapa é necessário um GDP um Pi (fosfato inorgânico) e uma molécula de água H2O que por atração iônica faz a retirada da CoA do succinil-CoA, então temos como resultado desta etapa, o surgimento de um GTP, pois o fosfato presente no succinil-CoA é colocado no GDP passando ser um GTP e a molécula de Succinato. A CoA é retirada por atração iônica e liberada.

Sexta etapa

Formação do Fumarato

Nesta etapa ocorre uma oxidação do Succinato por uma enzima, e temos como resultado dessa oxidação elétrons e o Hidrogênio, estes por sua vez são carregados exclusivamente pelo FAD, ficando então reduzido em FADH2 e como resultado da oxidação temos a formação do Fumarato.

Sétima etapa
Formação do L-malato

Nesta etapa o fumarato passa por uma enzima chamada fumarato hidratase que "molha" o Fumarato, e ao passar por essa enzima temos a formação do L-malato.

Oitava etapa regeneração do Oxalacetato

Nesta etapa ocorre que uma enzima chamada malato hidrogenase oxida uma parte do L-malato, ao oxidar ela produz hidrogênios e elétrons que por sua vez são carregados pelo NAD ficando então reduzidos e chamados de NADH2.
Com essa oxidação temos a formação do Oxalacetato.

Alguns dados importantes:

Glicogenase: é a transformação de uma cadeia carbonica qualquer em glicose.
Gliconeogenese: é a parte onde o lactato é tranformado novamente em glicose.
Glicogenese: É a transformação ao acúmulo de glicose em tecido glicogênico.
Ciclo de Cori: o ciclo de Cori é caracterizado pelo carregamento do lactato produzido na glicólise na ausencia do O2, e levado ao fígado para ser novamente transformado em glicose.

Fosfocreatina é presente em tecido esquelético e muscular.

A fosfocreatina é uma cadeia proteica que quando neceassario passa um fosfato para um ADP que este se tranforma em ATP, e a fosfocreatina passa a ser apenas Creatina, sem o fosfato.
Creatina + fosfato = fosfocreatina
Fosfocreatina - fosfato = Creatina


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

GLICÓLISE


O objetivo da glicólise é a quebra da molécula em partes menores já que as moléculas de glicose são extensas e não podem assim ser utilizada nas celulas como forma de energia.

Para a glicose sofrer a glicólise ela precisa estar dentro dentro citoplasma e ela só entra no citoplasma quando a insulina, produzida no pâncreas abre a entrada da glicose na célula.

A glicólise gasta ATP, elétrons (NADH), produz calor e resíduos como CO2 e H2O. As reações da glicólise pode ser dividida em dez passos, vejamos a seguir:

Passo 1.

A glicose possui um cadeia carbônica com 6 carbonos, nesta fase ao entrar na célula essa cadeia carbônica ganha um fosfato que chamamos de fosforilação da glicose onde é acrescentado à cadeia carbônica um grupo fosfato (P) que se liga ao carbono de número 6.

Nesta etapa há gasto de ATP, pois, para que a glicose ganhe um P é necessário que o fosfato venha de um ATP que esteja livre na célula,  esse ATP sem o fosfato torna-se um ADP.

Essa glicose com um fosfato a mais passa a chamar-se Glicose-6-fosfato.

Passo 2

Nesta etapa acontece a Isomerização onde há a troca de carbonos de lugar da Glicose-6-fosfato. Nesta etapa acontece a perda de duas hidroxilas e não há gasto de ATP. Ao ocorrer essa troca de lugares há perda de duas hidroxilas e a glicose se transforma então em Frutose-6-fosfato.

Passo 3

A frutose é acrescida de mais um fosfato tornando-se frutose 1- 6 -bifosfato. Para essa frutose se tornar um bifosfato, e nesta etapa  há gasto de mais um ATP que esteja livre na célula. o P (fosfato) desse ATP se liga à frutose, por este motivo ficando então com dois Fosfatos, um fosfato no carbono 1 e outro fosfato aderido ao carbono 6. (frutose 1- 6 -bifosfato.)

Passo 4

Nessa etapa a Frutose -1- 6-bifosfato é quebrada surgindo 2 fragmentos de 3 carbonos cada um que se transforma em:
Gliceroaldeído-3-fosfato e Diidroxiacetona-1-fosfato.

                                                  

Cada um contêm 3 carbonos em sua cadeia, essa é a única quebra que divide a quantidade de carbonos da frutose.

Passo 5

Isomerização

Nesse passo acontece novamente a mudança dos carbonos de lugar, onde a molécula diidroxiacetona é reorganizada para ser transformada em gliceroaldeído pois, apenas o gliceroaldeído pode passar para as reações seguintes para se transformar em energia no ciclo de Krebs.

Passo 6

Neste passo acontece novamente fosforilação dos gliceroaldeído-3-fosfato onde acontece primeira e única oxidação perdendo dois elétrons e quando se perde os elétrons o NAD pega esses elétrons e se torna em NADH2, lembrando que para ocorrer a oxidação o gliceroaldeído-3-fosfato perde um H para dar lugar ao fósforo.

Com essa fosforilação o gliceroaldeido-3-fosfato se torna bifosfoglicerato, pois, tem dois fosfatos em sua cadeia.

Passo 7

Transferência

Nesse passo acontece a transferência do Fosfato, onde o bifosfoglicerato perde o P (fosfato) do carbono 1 e carrega um ADP que está passando nas proximidades e este se transforma em ATP, e o bifosfoglicerato passa a se chamar de 3-fosfoglicerato.

Passo 8

Isomerização 

Lembrando que nas isomerizações os carbonos são trocados de lugar mudando a natureza quimica das moléculas, neste caso o  3-fosfoglicerato sofre a isomerização e passa a ser 2-fosfoglicerato ou seja apenas há a troca do fosfato de lugar do carbono 3 para o carbono 2. Ela passa a chamar Fosfoenolpiruvato.

Passo 9

Desidratação.

A enzima ao transformar o fosfoglicerato em fosfofoenolpiruvato perde “H2O”, pois, ao mexer na estrutura sobra dois H e um O onde no meio celular estes se unem formando uma molécula de água.

Passo 10

A enzima faz a quebra do fosfoenolpiruvato gerando os piruvatos.
Nessa quebra há o surgimento de 2 piruvatos de 3 carbonos.
Ao quebrar o fosfoenolpiruvato a enzima retira o fosfato e fornece para um ADP gerando assim 2 piruvatos e dois ATP.


domingo, 10 de julho de 2011

LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
















Primeira articulação:
Atlanto occipital ela é composta por ligamentos laterais que se insere no processo paracondilar do occipital até a asa do atlas.
Temos a membrana ventral e dorsal e os ligamentos laterais que se prendem longitudinalmente e cranialmente na borda da asa do atlas. essa articulação permite a flexão e extensão da cabeça.

















Segunda articulação da cabeça:

Atlanto axial.
Essa articulação é presa pelo ligamento alar que tem em todos os animais domésticos. Porém em eqüinos e herbívoros esse ligamento surge do dente do áxis e se insere na borda ventral do atlas. Em carnívoros esse ligamento surge também do dente do áxis, porém sua inserção se dá na borda do côndilo occipital. 
E nos suínos esse ligamento surge do dente do áxis e se insere na boda ventral do forame magno. como podemos ver na figura acima.



 
Articulação vertebral

Ligamento nucal: (figura seta do pescoço) Surge do côndilo do occipital e se funde no Ligamento Supra Espinhoso, que se inicia na processos espinhosos das vértebras torácicas.

Lembrando que nos gatos não existe ligamento nucal somente o 

ligamento supra espinhoso.

ligamento interarquiado

O ligamento interarquiado 
faz a união das vértebras unindo a borda caudal ventral de uma vértebra a borda cranial dorsal da vértebra seguinte.













Ligamento supra espinhoso prende o processo espinhosos das vértebras. Ele liga uma vértebra à outra e corre da primeira torácica até o sacro.

Ligamento inter-espinhoso: une os processos espinhosos das vértebras preenchendo os espaços subseqüentes de cada vértebra.

Ligamento longitudinal dorsal: faz a união do corpo das vértebras dorsalmente . Origina-se nas primeiras cervicais e insere no sacro.

 longitudinal ventral faz a união do corpo das vértebras ventralmente. Origina-se nas primeiras cervicais e insere-se no sacro.
Lembrando que essas figuras algumas são de anatomia humana mas o sentido das fibras é do mesmo jeito que nos animais, podendo ser tranquilamente associadas.


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quinta-feira, 7 de julho de 2011

MÚSCULOS DO MEMBRO PELVICO


Músculos da face lateral da pelve

M. glúteo superficial nos ruminantes esta fundido ao bíceps femoral, e nos pequenos ruminantes apenas se une a este mesmo, podendo ser identificado separadamente.
M. glúteo médio é um músculo que ocupa a face lateral da pelve. Tem origem por uma curta aponeurose do músculo longíssimo sacral na tuberosidade sacral e no ligamento sacrotuberal, e se insere no trocânter maior do fêmur. Sua porção profunda (glúteo acessório) é um pouco separada, tem origem e inserção no local de todo o músculo ou próximos a eles. Esse músculo estende a articulação do quadril, em conjunto com o glúteo acessório produz a rotação lateral. Quando o membro esta fixo ao chão os dois músculo auxiliam na elevação do tronco.
M. glúteo profundo é um músculo de forma aproximadamente triangular, que se origina na espinha da escapula e ligamento sacrotuberal e se insere Na borda cranial e face lateral do trocânter maior. Auxilia na flexão e abdução da articulação do quadril.
M. gêmeo é um músculo único nos ruminantes domésticos, sua origem na face lateral do ísquio, esta ligada a borda caudal do músculo glúteo profunda, e sua inserção se da na fossa trocantérica juntamente com o músculo abturador. Estende a articulação do quadril e auxilia na rotação lateral do fêmur.
M. tensor da fáscia lata é um músculo triangular que se origina no tuber coxal e se insere na fáscia lata do fêmur, na patela. Flexiona a articulação do quadril e estende o joelho.
Músculos da face lateral da coxa

M. bíceps femoral é um músculo longo e espesso, cuja porção carnosa se estende desde a face lateral da pelve ate a face lateral da coxa e do joelho. Insere-se na fáscia lata, e por meio de uma larga aponeurose na patela, no ligamento lateral da patela, na crista e face lateral da tíbia e no tuber do calcâneo, por meio doe um tendão calcanear comum. Quando o membro se encontra apoiado no solo, ele estende a articulação do quadril, do joelho e do tarso. Com os membros livres flexiona as articulações do quadril e do joelho.
M. semitendíneo é longo, se origina na borda caudal do tuber isquiático, dirige-se distalmente na face caudal da coxa, no terço proximal da coxa inclina-se medialmente situando-se abaixo do músculo bíceps femoral e se insere por um largo e delgado tendão na tuberosidade da tíbia, e por uma aponeurose que se une a face medial do tendão calcanear comum. Estende a as articulações do quadril, do joelho e do tarso quando o membro esta fixo no solo, com o membro livre flexiona o joelho e produz rotação medial para a perna e puxa o membro para trás.

Músculo da face cranial da coxa

M. quadríceps femoral: esse músculo é divido em vasto lateral (é o maior de todos, tem origem por um tendão no trocânter maior do fêmur), vasto intermédio (situa-se na face cranial do fêmur e é o mais medial dos ventres, sua borda caudal borda caudal esta parcialmente fundida ao músculo pectíneo), reto femoral (se origina no ílio, e é bastante desenvolvido) e vasto medial. O músculo vasto lateral e reto femoral encontra-se fundidos exceto em suas origens, o músculo vasto intermédio está aderido á face cranial do fêmur, profundamente ao vasto lateral e reto femoral, já o vasto medial situa-se na face medial da coxa. Todos exceto o reto femoral têm origem do fêmur, mas sem exceção se inserem na patela. Estendem o joelho e flexiona a articulação do quadril.

MUSCULOS DA FACE LATERAL DA ESCÁPULA


Músculos da face lateral da escápula
M. deltóide apresenta forma triangular, situa-se na face lateral da articulação do ombro. Compreende uma parte acromial (que tem origem no acrômio e espinha da escapula, e se insere na tuberosidade deltóide do úmero) e uma parte escapular (que tem origem na espinha da escapula por meio de uma aponeurose que cobre o músculo infra-espinhal, tem sua inserção na fáscia braquial, superficial a cabeça lateral do tríceps). Flexiona a articulação do ombro e abduz o braço.
M. supra-espinhal ocupa a fossa supra-espinhal, lugar onde o mesmo se origina além da espinha da escápula, e se insere por meio de dois tendões nos tubérculos maior e menor do úmero, onde está coberto pela porção cranial do músculo peitoral profundo. Estende a articulação do ombro.
M. infra-espinhal ocupa a fossa infra-escapular, onde também se origina e na cartilagem da espinha da escapula, sua inserção é na porção caudal do tubérculo maior do úmero e numa área imediatamente abaixo desta (onde sobre o seu tendão de inserção se observa uma desenvolvida bolsa sinovial). Estende a articulação do ombro, e possivelmente produz sua rotação lateral.
M. redondo menor é um músculo situado na borda caudal da escapula (entre os músculos infra-espinal e deltóide, e cabeça longa do tríceps). Tem origem na metade da borda caudal da escápula e tubérculo inflaglenoidal, e se insere na face lateral a extremidade proximal do úmero. Flexiona a articulação do ombro. 
M. subescapular ocupa toda a extensão da área subescapular, exceção aos ângulos craniais e caudais da escapula. Origina-se na área subescapular e se insere no tubérculo menor e áreas adjacente do úmero. Sua ação é de adução do braço.
M. redondo maior é um músculo alongado de contorno triangular, situado na face medial do ombro e do braço, e na face caudal da articulação do ombro. Origina-se da borda caudal da escapula e se insere na tuberosidade redonda do úmero. Flexiona a articulação do ombro.
M. bíceps braquial: esta situado na porção cranial do braço e esta coberto pelos músculos peitorais. Tem sua origem por forte tendão no tubérculo supraglenoidal da escápula, corre sobre o sulco intertubercular para se inserir por um curto tendão na tuberosidade do radio. Sua ação é estender o ombro e flexionar o cotovelo.
M. coracobraquial esta situado na face medial da articulação do ombro, tem origem no processo coracóide e sua inserção se da na face medial, ou extensão da face craniomedial do úmero. É adutor do braço e estende a articulação do ombro.
M. braquial é volumoso, ocupa o sulco braquial do úmero. Origina-se na borda cranial do úmero e na metade proximal do sulco, sua inserção se da na borda medial e na face palmar do radio, e ainda na borda medial da extremidade proximal da ulna. Flexiona a articulação do cotovelo.
M. tríceps braquial possui três cabeças principais em uma acessória. A cabeça longa é a mais volumosa, tem origem na borda caudal da escapula e se insere no olecrano e na fáscia do antebraço. A cabeça lateral está parcialmente coberta pelo músculo deltóide e se insere na face lateral do olécrano. A cabeça medial juntamente com a acessória se origina no tubérculo menor e se insere na face medial do olécrano. Sua função é flexionar a articulação do ombro e estender a do cotovelo.
M. tensor da fáscia do antebraço é um estreito músculo situado na face caudal do braço e que se estende do terço proximal da borda da escapula á face medial do olécrano. Diferente do que o nome sugere este músculo não possui contato com a fáscia do antebraço. Flexiona a articulação do ombro e estende a do cotovelo.
M. ancônio é um músculo pequeno, alongado situado profundamente na lateral do braço, é coberto pela cabeça lateral do tríceps. Origina-se na face caudal e borda lateral da metade distal do úmero e se insere na face lateral do olécrano. Sua ação é estender a articulação do cotovelo.
Músculos do antebraço e da mão
M. pronador redondo é um músculo pequeno e rudimentar, constituído principalmente de fibras tendíneas, e se estende obliquamente na face medial do cotovelo. Tem origem no epicôndilo medial do úmero e se insere no terço proximal na borda medial do radio. Sua ação muscular é bastante reduzida, apenas auxilia o ligamento colateral medial da articulação do cotovelo.
M. flexor radial do carpo é um músculo longo e estreito de ventre muscular reduzido, situado na face medial do úmero se insere na face palmar na base do osso metacárpico III e IV. Flexiona a articulação do carpo.
M. flexor ulnar do carpo é um músculo largo e delgado situado superficialmente na porção caudal da face medial do antebraço. Tem sua origem no epicôndilo medial do úmero e se insere no osso acessório do carpo. Flexiona a articulação do carpo.
M. flexor superficial dos dedos é um músculo fusiforme, cujo ventre esta dividido em parte superficial (cujo tendão passa no interior do ligamento anular do carpo) e profundo (seu tendão passa pelo canal do carpo). Situa-se no antebraço profundamente ao músculo flexor ulnar do carpo, ao qual sua origem esta parcialmente fundida, e se prende no epicôndilo medial do úmero. Possui dois tendões que correm nas faces palmares do carpo e do metacarpo. No terço distal do metacarpo os tendões do músculo flexor superficial dos dedos fundem-se num curto tendão comum, que depois se divide num ramo para cada dedo principal. Flexiona as articulações metacarpofalângicas e interfalângianas proximais, e auxiliam na sustentação do corpo doa animal.
M. flexor profundo dos dedos é bastante desenvolvido nos ruminantes, situa-se na face caudal do rádio parcialmente coberto. Possui de quarto a cinco cabeças, uma radial (pequena e triangular que se origina na face caudal do terço proximal do rádio), duas ou três umerais (que são as mais volumosas, se origina em uma área na extremidade distal do úmero, caudal ao epicôndilo medial//ou na borda caudal e face lateral da ulna, no caso dos ruminantes). Estas cabeças se unem na face palmar do carpo em um tendão comum que se estende até a extremidade distal do metacarpo III e IV, onde se divide em dois ramos que passam no canal fibroso formado por dois músculos, para se inserir na falange distal correspondente. Flexiona as falanges e o carpo.
Interflexores
M. ulnar lateral situa-se na face laterocaudal do antebraço. Tem origem numa área da face lateral da extremidade distal do úmero caudalmente ao epicôndilo lateral. Sua porção carnosa é achatada, e continua por dois tendões que se inserem na face lateral do osso sesamóideo do carpo e na face dorsal do ângulo lateral da base do metacárpico III e IV. Flexiona a articulação do carpo e estende a articulação do cotovelo.
M. extensor radial do carpo ocupa a porção craniolateral do antebraço. Tem origem na face lateral da parede da fossa do olécrano e na fossa radial do úmero, seu tendão de inserção passa pelo sulco medial da extremidade distal do radio e se insere na tuberosidade do metacárpico III e IV. Estende a articulação e flexiona a do cotovelo.
M. abdutor longo do polegar é um músculo que ocupa a face lateral da extremidade distal do antebraço, sua porção carnosa triangular, achatada. Origina-se na metade distal da face lateral do corpo da ulna e do rádio, e se insere na borda medial do metacárpico III e IV. Estende a articulação do carpo.
M. extensor do dedo III estende-se obliquamente na face dorsal do metacárpico, sua porção carnosa é estreita e alongada. Tem origem do epicôndilo lateral do úmero, seu tendão começa no terço distal do antebraço, ao nível da articulação interfalângica proximal, se divide em duas porções que se inserem na face dorsal da base da falange media e face dorso-abaxial da falange distal. Estende as articulações intefalângicas, metacarpofalângicas e do carpo e atua ainda na abdução do dedo III.
M. extensor comum dos dedos é um músculo longo, situado na face lateral do antebraço, que se estende do cotovelo as falanges distais dos dedos principais. É constituído de duas partes: umeral (maior que se origina no epicôndilo lateral do úmero) e uma parte ulnar (situa-se profundamente a umeral, e se origina na face lateral da metade proximal do corpo da ulna) seu delgado tendão unem-se ao da parte umeral ao nível do terço distal do antebraço. Ao nível da articulação metacarpofalângica ele se divide em dois ramos que correm na face dorsal de cada dedo e inserem-se na falange distal. Atua na extensão do carpo e dos dedos
M. Extensor do dedo IV: é um músculo alongado de contorno triangular, situado na face lateral do antebraço. Tem sua origem lateralmente a cabeça do rádio, no ligamento colateral lateral do cotovelo, seu tendão corre distalmente na face lateral do carpo e metacarpo. Ao nível da extremidade distal do metacarpo ele passa para face dorsal do dedo IV onde se divide em duas partes (estas que se inserem na face dorsal da base da falange media e distal. Estende as articulações do dedo IV e abduz o mesmo.
M. interósseo III e IV: é um músculo único que nos adultos é constituído de tecido conjuntivo fibroso. Situa-se na face palmar do metacarpo e envia prolongamentos a face dorsal dos dedos. Origina-se na face palmar do metacárpico III e IV. Esta constituído de parte superficial (que é delgada e constituída de tecido conjuntivo fibroso, e na extremidade distal do metacarpo ela dividi-se numa parte para cada dedo), e parte profunda (que se divide na extremidade distal do metacarpo em parte lateral, intermédia e medial, as partes lateral e medial se inserem nos sesamóideos abaxiais proximais e a parte intermédia corre distalmente na face palmar do metacárpico III e IV terminando na face dorsal de cada dedo). Esses músculos são considerados como parte do aparelho de sustentação.

M. ABDÔMEM E TORÁCICOS

MUSCULOS DA PAREDE DO ABDOMEM
Os músculos abdominais em suas contrações fazem pressão sobre as vísceras da cavidade durante a micção, parto e expiração forçada. Os músculos retos do abdômen (de ambos os lados juntos) flexionam a articulação lombosacral, arqueando o dorso do animal.
M. obliquo externo do abdômen é o mais superficial, largo e delgado cobre tanto a parede abdominal quanto parte da parede torácica. Apresenta uma parte carnosa (que se estende desde as sete ultimas costelas, fáscia toracolombar e tuber coxal, até a metade da parede abdominal) suas fibras correm em sentido obliquo, as mais ventrais no sentido dorsoventral e craniocaudal, e na porção mais dorsal correm no sentido craniocaudal. E outra aponeurótica delgada e resistente (cobre o músculo reto do abdômen prendendo-se firmemente nas intersecções tendíneas do mesmo, e termina na linha Alba e no tendão prépúbico com o músculo do lado oposto. E na metade caudal esta fundido ao músculo obliquo interno do abdômen).
M. obliquo interno do abdômen é largo e constitui a segunda camada muscular da parede do abdômen, tem origem no tuber coxal e na porção profunda da fáscia toracolombar. E se insere na linha Alba e no tendão prépúbico. Possui uma parte carnosa (tem a forma de leque, e se entende até o nível medial da parede do abdômen), e suas fibras têm sentido dorsoventral e caudocranial, e continuam por uma parte aponeurótica delgada, porém potente.
M. transverso do abdômen é largo e delgado, constitui a camada mais profunda da parede abdominal. Sua parte carnosa se origina nos processos transversais das vértebras lombares e na face interna do arco costal, suas fibras correm no sentido dorsoventral e são perpendiculares às do músculo reto do abdômen. A parte aponeurótica é delgada na porção caudal do músculo, e mais espessa na porção cranial. Esse músculo esta separado do peritônio pela fáscia transversal. O limite entra a parte carnosa e aponeurótica situa-se ao nível de uma linha côncava cranial, que se estende desde a cartilagem xifóide até o tuber coxal.
M. reto do abdômen é um músculo longo e delgado que se estende desde o esterno até o pube. Está situado no assoalho da parede abdominal, e suas fibras têm sentido craniocaudal. O músculo reto do antímero direito esta separado do esquerdo por um espaço ocupado pelas aponeuroses dos músculos oblíquos, esse músculo em especial apresenta cinco intersecçãoes tendíneas formadas por tecido conjuntivo, dispostas transversalmente e separadas umas das outras (são elas que dão inserção à aponeurose dos músculos oblíquos).
Canal inguinal é uma passagem virtual situada dorso-lateralmente ao tendão prépúbico, na porção caudal da parede do abdômen. Esta presente em ambos os sexo. O anel inguinal superficial tem sua abertura em forma de fenda com direção caudocranial inclinada, é formado pelo pilar medial da aponeurose abdominal do músculo obliquo externo do abdômen. A margem ventromedial ode ser apalpada através da pele, já a parte dorsolateral por ser reforçada pela fáscia femoral, não pode ser apalpada. O anel inguinal profundo situa-se transversalmente ao eixo longitudinal do corpo, sendo limitado pelo músculo obliquo interno, reto do abdômen e pelo ligamento inguinal (que nada mais é que o reforço da aponeurose do músculo obliquo externo), que se origina na tuberosidade coxal até a eminência iliopúbica e o tendão pré-púbico. O canal inguinal é atravessado pela artéria e veia pudendas externas, nervo e vasos linfáticos e ainda pelo funículo espermático, túnica vaginal e músculo cromáster.

MÚSCULOS DOS MEMBROS TORÁCICOS
Músculos da cintura escapular (músculos que se mantêm presos ao tronco)
M. peitoral superficial esta situado na porção ventrocranial do tórax sendo constituído de duas porções, o músculo peitoral descendente (que é o mais espesso, origina-se no manúbrio por uma rafe fibrosa. É constituída por um ventre superficial que se prende na fáscia do braço, na cabeça e no colo do radio, e uma profunda que se prende apenas na fáscia do braço) e músculo peitoral transverso (uma lamina muscular larga, delgada e de coloração mais clara. Origina-se ventralmente no esterno e se insere na fáscia do antebraço). A contração deste músculo é responsável pela adução do membro, ou de levar o membro para frente ou para trás, e quando fixo puxa o tronco para o lado.
M. peitoral profundo é bastante largo, delgado e de contorno triangular, também tem origem por uma rafe fibrosa na face ventral do esterno, e na túnica flava do abdômen. Sua inserção se da nos tubérculos maior e menor do úmero e no processo coracóide da escapula, por meio de um tendão de origem do músculo coracobraquial. Uma pequena porção deste se projeta dorsalmente se confundindo com o músculo supra-espinhal. É adutor do membro, leva o membro para frente e para trás e quando fixo puxa o tronco para o lado.
M. braquiocefálico é longo, ocupa a porção cranial do braço e lateral do pescoço, é divido ao nível do ombro em duas porções por uma cinta fibrosa (denominada interseção clavicular): cleidobraquial (se insere na borda cranial do úmero, onde esta coberto pelo músculo peitoral descendente) e cleidocefálico (que também é dividido em duas partes: cleido-occipital (se insere no osso occipital) e cleido-mastóide (que se insere no processo mastóide osso temporal). Quando o braço está apoiado no solo, a cabeça e o pescoço são inclinados lateralmente, quando estes permanecem imóveis o membro é deslocado cranialmente.
M. omotranverso é longo, estreito e delgado. Origina-se na asa do atlas ou no processo transversal do axis. Ocupa a face lateral do processo do pescoço, localizado profundamente ao músculo braquiocefálico (ao qual esta parcialmente fundido), e se insere na espinha da escapula. É o responsável por puxar o membro pra frente, com o membro fixo inclina a cabeça e o membro para o mesmo lado.
M. trapézio é um músculo superficial, triangular que prende a escapula ao tórax e pescoço. É estudado contendo duas porções: cervical (que se origina por uma rafe fibrosa na linha mediana dorsal, e se insere na espinha da escápula por uma curta aponeurose) e uma porção torácica (plana e triangular, tem origem na escapula ao nível das seis ou sete primeiras vértebras torácicas, e se insere na tuberosidade da escápula). É elevador da escapula, a porção cervical puxa a escapula para cima e para frente, e a porção torácica para cima e para trás.
M. rombóide cervical e rombóide torácico originam-se no ligamento nucal, desde o traço médio do pescoço até o nível dos seis primeiros processos torácicos. Auxilia na elevação da escapula e fixação do membro no corpo.
M. grande dorsal é um músculo de forma triangular, delgado situado obliquamente no tórax, de onde suas fibras correm paralelas uma as outras. Sua origem se estende do terço médio das costelas IX a XII, e por meio de uma aponeurose até a fáscia toracolombar. Insere-se por meio de um curto tendão na tuberosidade redonda maior. Quando o membro esta livre, este músculo puxa-o para trás auxiliando na adução, com o membro fixo auxilia no deslocamento cranial do tronco.
M. serrátil ventral é um em forma de leque que prende a escápula ao tórax e ao pescoço. Sua porção cervical insere-se nos processos transversos da vértebra cervical VI. No tórax suas digitações prendem-se na face externa das nove primeiras costelas (formando um arco de concavidade dorsal). O limite entre as porções torácicas e cervicais é bem nítido ao nível de sua borda ventral. O músculo serrátil ventral se origina na face medial da escapula e auxilia na sustentação do tronco, a parte cervical ajuda na elevação do pescoço, já a parte torácica auxilia na inspiração.
M. subclávio é uma estreita faixa muscular situada cranialmente á articulação escápulo-umeral, tem origem na cartilagem costal I, na região peitoral e se insere na face profunda do músculo braquiocefálico. Parece atuar mantendo o músculo braquiocefálico junto á face lateral do pescoço.